"(...) argumentos tomados da teologia e da jurisprudência, considerados irresistíveis. Podiam dizer ao teólogo: «Não acreditais em bruxas? Pois a Sagrada Escritura prova a sua existência». E ao jurisconsulto: «Creis negar a existência de um crime reconhecido pelo nosso próprio código e os de quase todos os povos civilizados, testemunhados por leis a temor das quais se declararam culpados centenas e até milhares de indivíduos que, em grande parte, reconheceram o crime de que eram acusados e a injustiça de um castigo? Estranho cepticismo, por certo, desprezar as provas tomadas da Sagrada Escritura, da legislação humana e das próprias declarações dos acusados!»
"Não pôde, contudo, substrair-se à calúnia, que era a arma empregada comunmente pelos contemporâneos obcecados pelas suas preocupações contra os homens tão fáceis de difamar como difíceis de ser atacados."
"Inocêncio VIII expediu uma bula contra este tremendo crime, pintando-o com as cores mais negras, estimulando, ao mesmo tempo os inquisidores a cumprir energicamente com o seu dever, e fazer com que descobrissem os culpados e os castigassem. «Temos sabido - diz - que um grande número de pessoas de ambos os sexos, não temem entrar em relações com os demónios infernais e pelos seus conjuros causam prejuízos aos homens e aos animais, tornam estéril o leito nupcial, causam a morte das crianças e murcham os trigos, as vides, os frutos, as ervas e as devesas. Por isso os inquisidores se viram revestidos do poder apotólico e encarregados de encarcerar, condenar e castigar.»
"Os que se fingiam sinceros nas suas confissões recebiam elogios, mas os que negavam ou permaneciam silenciosos, eram considerados como impenitentes e podiam estar certos de ter de suportar a maior parte do castigo, com que todos eram ameaçados."
"(...) bastante já dissemos para provar, em geral, que o católico romano considerava milagre o que o anglicano tinha por impostura, enquanto o calvinista, inesperado pelo zelo mais fanático, o atribuia a uma operação do demónio."
"(...) e por meio de um interrogatório capcioso arrancaram-lhe o que se chamava uma confisão."
"O público imputava às acusadas uma longa série de assassínios, conspirações, encantamentos, desgraças e práticas infernais e repreensíveis «evidentes - diz o editor -, em vista dos seus interrogatórios e das suas próprias confissões», mas que, na realidade, não podem demonstrar-se, por nenhum outro meio."
"História de Demónios e Bruxas", Sir Walter Scott, Portugal Press
"Não pôde, contudo, substrair-se à calúnia, que era a arma empregada comunmente pelos contemporâneos obcecados pelas suas preocupações contra os homens tão fáceis de difamar como difíceis de ser atacados."
"Inocêncio VIII expediu uma bula contra este tremendo crime, pintando-o com as cores mais negras, estimulando, ao mesmo tempo os inquisidores a cumprir energicamente com o seu dever, e fazer com que descobrissem os culpados e os castigassem. «Temos sabido - diz - que um grande número de pessoas de ambos os sexos, não temem entrar em relações com os demónios infernais e pelos seus conjuros causam prejuízos aos homens e aos animais, tornam estéril o leito nupcial, causam a morte das crianças e murcham os trigos, as vides, os frutos, as ervas e as devesas. Por isso os inquisidores se viram revestidos do poder apotólico e encarregados de encarcerar, condenar e castigar.»
"Os que se fingiam sinceros nas suas confissões recebiam elogios, mas os que negavam ou permaneciam silenciosos, eram considerados como impenitentes e podiam estar certos de ter de suportar a maior parte do castigo, com que todos eram ameaçados."
"(...) bastante já dissemos para provar, em geral, que o católico romano considerava milagre o que o anglicano tinha por impostura, enquanto o calvinista, inesperado pelo zelo mais fanático, o atribuia a uma operação do demónio."
"(...) e por meio de um interrogatório capcioso arrancaram-lhe o que se chamava uma confisão."
"O público imputava às acusadas uma longa série de assassínios, conspirações, encantamentos, desgraças e práticas infernais e repreensíveis «evidentes - diz o editor -, em vista dos seus interrogatórios e das suas próprias confissões», mas que, na realidade, não podem demonstrar-se, por nenhum outro meio."
"História de Demónios e Bruxas", Sir Walter Scott, Portugal Press
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